Aprenda sobre a depressão #

Conhecer os sintomas, as dificuldades e saber como é ter depressão deixará o seu cuidado com aquela pessoa que você ama muito mais fácil, já que é através desse conhecimento que você saberá como ajudar.

Por exemplo: saber que a pessoa não está fazendo “corpo mole” na depressão fará com que você seja muito mais compreensivo(a) sobre essa dificuldade.

Valide o sofrimento #

Mesmo quando você tem boa intenção, frases do tipo “por que você não se anima?”, “você não parece estar tão mal assim”, “podia ser pior” ou “não tem motivo para você pensar isso” farão com que a pessoa se sinta mal por estar mal.

Por isso, não duvide dos sentimentos ou sintomas de quem está deprimido – afinal, é muito comum a pessoa tentar esconder a própria depressão. Quanto mais você duvida e invalida, mais a pessoa se isola, mais ela sente vergonha do que sente/pensa, mais inadequada e incapaz ela acredita ser e, por isso, pior fica a depressão.

Busque apenas compreender o que a pessoa com depressão pensa e sente, para que ela se sinta acolhida e queira compartilhar a sua dor.

Lembre-se: não é sobre você! O que é sofrimento para um, pode não ser para o outro. Por isso, evite:

• Minimizar os motivos do sofrimento do outro – “não é tão ruim assim”;
• Comparar com as suas próprias dores – “eu já passei por muito pior”;
• Insistir em soluções que funcionariam para você – “você tem que fazer assim”.

Ofereça ajuda #

Perguntar se a pessoa precisa de ajuda é muito bem-vindo, principalmente por conta da fadiga e perda de interesse. Porém, às vezes, a pessoa pode até negar qualquer ajuda ou favor por não querer ser inconveniente. Por isso, algumas coisas que você pode fazer são:

• Lembrá-la de tomar o antidepressivo e dos dias de consulta;
• Ajudar em tarefas domésticas, como limpar e cozinhar;
• Incentivá-la a ter um estilo de vida adequado e participar dessas atividades junto com a pessoa;
• Oferecer afeto;
• Deixá-la sozinha quando necessário;
• Reduzir o estresse em casa;
• Buscar mantê-la em uma atitude positiva, mas sem invalidar o sofrimento.

Incentive o tratamento #

Muitas vezes, a pessoa com depressão acaba não buscando tratamento por causa do isolamento, desmotivação e desesperança. Por isso, incentivar que a pessoa procure tratamento e ajudá-la a cumprir com o que é necessário para a sua recuperação é de enorme ajuda! Busque se certificar que a pessoa está recebendo um tratamento psiquiátrico e psicológico de qualidade.

Altos e baixos #

É muito importante lembrar que o tratamento para depressão possui altos e baixos. Isso porque a intensidade dos sintomas dependem de uma série de fatores (sono, pensamentos, acontecimentos, estilo de vida etc), e a disposição para realizar certas atividades pode estar comprometida. Isso quer dizer que dias ruins são esperados, e não significa que a pessoa regrediu!

Ajude, mas não force #

Incentivar é diferente de exigir. Por mais que você queira que a pessoa com depressão melhore rápido, exigir que ela faça tudo certinho, sem margem para “erro”, pode ser muito contraprodutivo. Por isso, ter paciência é essencial para que a pessoa deprimida não se sinta cobrada e culpada. Incentivar é apoiar, encorajar, facilitar e participar.

Uma dica importante é: às vezes, o que a outra pessoa mais precisa é saber que pode contar com você, se ela precisar. Se fazer presente e ser compreensivo(a) já é uma enorme ajuda!

Se preserve #

Um erro muito comum em quem quer ajudar é se dedicar ao máximo ao outro, esquecendo das próprias necessidades. Quem ajuda também deve aprender a se poupar, descansar e até mesmo se priorizar, porque você dificilmente conseguirá dar suporte à outra pessoa se você mesmo estiver desgastado(a)!

Lembre-se: no fim das contas, cada pessoa é responsável pelas próprias escolhas. Você pode até ajudar e incentivar, mas quem faz acontecer é a própria pessoa.